Retrospectiva 2010

Esse ano vai chegando ao fim e mais surpreso não poderia estar.

Havia imaginado que seria um ano de mudanças e, de fato, foi. Não as mudanças que eu queria que acontecessem, mas mesmo assim mudanças significativas.

Adquiri novas experiências, aprimorei velhos valores. Finalmente percebi que minha sede pelo saber queria explicações para coisas que não se baseiam em razão ou lógica.

Entendi que o verdadeiro valor não está em quem você PODE ser e sim em quem você QUER ser. Não é sua natureza que dita sua existência e sim suas escolhas.

Aceitei, a duras penas, que tudo tem seu tempo. Não adianta querer apressar as coisas. O desespero quase me tornou em algo que desprezo. E, mais uma vez, quase despertei o que habita no meu cerne, o meu lado mais sombrio. Por vezes imaginei que sua prisão como a caixa de Pandora. Uma versão ainda mais frágil que, com o passar dos anos, foi rachando deixando lentamente seus males nocivos vazarem por entre as frestas.

Ainda não sei por quanto tempo conseguirei caminhar sobre a linha tênue entre a loucura e a sanidade, mas garanto que farei o meu melhor.

Ano de surpresas. Fiz novos amigos. Amizades que serão eternas. E, outra vez, foi me posto a prova: muito melhor que é a quantidade de amigos que se tem é a qualidade dos poucos amigos que se tem. Posso não ter uma legião de amigos, porém os que tenho, garanto, são os melhores. Podemos não nos ver muito. Podemos não nos falar muito. Mas tenho certeza de que seremos amigos eternos.

Alguns podem não te entender, outros podem achar que te entendem. Mas acima dessa necessidade de compreensão existe a confiança, a certeza de que independente da tempestade eles estarão ali, mesmo não sabendo o que fazer.

Mas nem sempre as a vida são flores. Tive o desprazer de perder amigos tão valiosos quando os novos que consegui. Amigos estes que indiretamente me auxiliaram a vencer demônios que eu não sabia que existiam. Os levarei sempre na mente e no coração.

2010 foi um ano notório. Adquiri minha liberdade. Tornei-me dono de mim. Coloquei-me no meu prumo. Precisei engolir a dura realidade de que por mais que eu queria algo, nem sempre vou poder tê-la do jeito que eu quero.

Entendi um dos princípios mais básicos do AMAR. Aprendi a abrir mão de quem amo, para que seja feliz, mesmo não estando ao meu lado.

E o Universo é tão misterioso quanto seu Criador. Claramente o destino não existe, nossas escolhas ditam nossos futuros. Mas existem teias invisíveis tão complexas e imperceptíveis que tornam nossa vida em um livro que se pré-define a cada passo que damos.

E que vem 2011, surpresas ainda mais marcantes. Vitórias e derrotas significativas. Aprendizados sem fim. Eis que a vida nos surge moldando nosso modo de ser e de agir. Preparando-nos para o que está por vir.

Agarre-se as mudanças, não se prenda ao passado. E vai embora não... vem comigo!

Feliz Natal

e um

Próspero Ano Novo