sábado, 24 de julho de 2010

Palavras ao vento...


Escrevo estes pequenos versos
Haja vista a necessidade de palavras serem ditas

Ao tempo que há muito está escasso
Ao amor que se mostra tão dividido

Não sei explicar tamanha conformidade
Que nos torna inúteis a agir por mudanças

Há quanto tempo não vejo a vida como ela é?
Espero um dia voltar a crer que para tudo há um jeito
Que cada situação tem sua necessidade

Sinto falta de quando tudo era simples
A vida, mesmo triste, era mais alegre
Tinha a fé de que tudo iria melhorar
Via o quadro do futuro claramente

Hoje a escuridão omite tal possibilidade
Se não for do jeito que espero
nada parece ter sentido

Meus poemas não tem sentido
Sentimentos estão escassos
A fé acabada, a esperança quase morta

Me pergunto como ainda estou aqui
Tantas foram as oportunidades para chegar a um fim
Mesmo assim quis acreditar
Hoje me pergunto por que não acabei com tudo quando pude

A verdade é que nunca fui e nunca serei capaz
Me tornei vazio, incisivo e implacável
Mas jamais conseguirei ser tão egoísta

Meu medo agora, limita-se às possibilidades do porvir
Em saber quem eu sou
Em quem quero ser
E em quem não quero ser
Essa é a obscuridade dos meus 22 anos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário